Imagem inicial do blog

Imagem inicial do blog

MÚSICAS PARA RELAXAR

terça-feira, 13 de julho de 2010

Ano 04 - Nº09 - PENSEMOS NISSO !

CADERNETA PESSOAL: UM CONVITE AO AUTOCONHECIMENTO


Venho acompanhando a 7ª Turma de

escola de Aprendizes do Evangelho e

percebo (como em toda turma) o entrave que é a introdução da caderneta pessoal para os alunos. Muitos até desistem de frequentá-la pensando no martírio de preencher periodicamente aquele cader-ninho azul com seus problemas, defeitos e virtudes.

Mas aquele que assim procede comete um grande erro, já que este é um instrumento bastante favorável para a descoberta de seu próprio eu.

Vou relatar um pouquinho da minha experiência sobre o assunto:

Quando fui apresentada à minha caderneta durante os áureos tempos de Escola (fiz parte da 2ª turma desta casa) deparei-me com um grande problema: descobri que não me conhecia o suficiente para escrever sobre mim, minhas tendências, meus defeitos e, muito menos, acerca das minhas virtudes. Sobre estas últimas, então, acre-ditava de verdade que não possuía nenhuma.

Era hora de debruçar-me sobre um objeto de estudo que era dês-conhecido para mim: - eu mesma.

Procurei observar-me mais de perto. Analisava minhas emoções, meus sentimentos e minhas reações a cada fato que acontecia co-migo: fui aos poucos reconhecendo atitudes que me passavam total-mente despercebidas, pois eram naturais a mim. Ia registrando tudo na caderneta e acabei descobrindo defeitos e vícios comportamen-tais que eu considerava não possuir.

Foi muitas vezes dolorido, admito, mas as coisas começaram a fazer mais sentido. Conhecendo-me melhor, aprendi a conviver com minhas limitações de maneira muito mais pacífica. Tudo que me incomodava antes, continua incomodando, é claro, mas já consigo lidar com minhas imperfeições pessoais sem me odiar irreme-diavelmente.

O próximo passo foi descobrir se eu era capaz de ter alguma virtude. A Marli, minha abnegada dirigente, dizia-me sempre para escrever sobre as coisas positivas existentes em mim. É muito mais difícil notarmos uma virtude que um defeito, já que naturalmente costumamos nos depreciar, mas era um novo desafio.

Acabei descobrindo uma coisinha ou outra, que não sei se chega a ser uma virtude, mas que me fizeram crescer dentro do meu auto-conceito. E, acreditem-me, isso me fez muito bem, já que eu sempre fui meu mais severo juiz.

Hoje acredito que fazer caderneta pode até parecer assustador no início, mas as mudanças que vão se operando ao longo de todo o processo são muito benéficas. Gradativamente vamos nos equili-brando e nos fortalecendo para as dificuldades diárias, justamente porque aprendemos a nos respeitar como seres humanos que somos. Reconhecendo nossos pontos negativos é mais fácil miná-los com comportamentos opostos. Quem sabe um dia eles desapareçam de uma vez. Mas acredito que reconhecer o que temos de bom é nossa maior vitória, pois aprendemos a valorizar nossas atitudes positivas e, dessa maneira, suplantar pacientemente, pouco a pouco as nega-tivas.

É um convite para a auto-reflexão. Cabe a nós, agora, corajo-samente, aceitarmos ou não.



Por : Ana Cristina Saracini Navarro

Nenhum comentário :

Postar um comentário

Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...