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MÚSICAS PARA RELAXAR

segunda-feira, 13 de setembro de 2010

Ano 04 - Nº10 - PENSEMOS NISSO!

PARA NÃO DIZER QUE NÃO FALEI DOS PAIS...

Aproveitando o ensejo de que este jornal falará sobre as mães, escrevo aqui sobre os pais, para que eles não se sintam desvalorizados ou esquecidos por nós.

Andei pensando sobre o papel deste ser tão importante em nossa existência: para as meninas, é o primeiro homem de suas vidas; para os meninos, um herói a ser admirado.

Na verdade, para ambos, a figura paterna ocupa lugar de destaque na educação dos filhos.

É nele que buscamos desde cedo o apoio em momentos difíceis, a mão firme a guiar-nos quando os obstáculos surgem, a segurança do provedor capaz de sacrifícios para manter nosso bem-estar...

Quando somos crianças o enxergamos como a um gigante protetor; quando nos tornamos adultos, compreendemos a medida exata de sua influência para a construção de nosso caráter e de nossos ideais.

Poucas vezes nos detemos para avaliar o peso da presença de nossos pais. E me atrevo a dizer que nem mesmo eles têm a consciência do quanto são importantes.

Certo dia, conversando com um adolescente que está em processo de autodescoberta, surpreendi-me em ouvi-lo dizer o quanto ele presta atenção aos modos de seu pai. Disse-me que se espelha nele, prestando atenção em cada decisão sua, em cada gesto e palavra dita. O exemplo paterno, portanto, é decisivo para a construção do sujeito autônomo e atento às necessidades do outro e, por consequência, das coisas espirituais.

Num tempo tão cheio de stress, tecnologia e rapidez, temos muitas vezes deixado de lado fatores que deveriam ser prioridade para nós, como a educação de nossos filhos.

Consultando O livro dos espíritos, de Allan Kardec, encontramos na pergunta 208 o seguinte questionamento: “O Espírito dos pais não exerce influência sobre o do filho, após o nascimento?” Ao que segue a resposta: “Sim, e muito, pois como dissemos, os Espíritos devem concorrer para o mútuo progresso. Pois bem, os Espíritos dos pais têm como missão desenvolver os de seus filhos pela educação. É para eles uma tarefa: se falharem, serão considerados culpados.”

Não estou querendo assustar ninguém, mas chamar a atenção para a importância exercida pelos pais (e mães) na vida de seus filhos.

Somos espíritas. E não podemos esquecer também de que somos espíritos.

Cuidar daqueles que amamos é primordial para nos prepararmos com responsabilidade para a nova fase pela qual nosso planeta está prestes a atingir. A moral e o caráter dos pequenos serão construídos a partir da observação e do exemplo paternos. Dessa maneira, somos responsáveis diretos por todo o processo de amadurecimento e criação do ser espiritual destes indivíduos. Tenhamos noção de que aquilo que pregamos aos nossos filhos, deve ser reflexo de nossos próprios atos. Ou seja, aquele velho ditado: “Faça o que eu digo, mas não faça o que eu faço” não deve existir na mentalidade do bom pai, pois este deve prestar atenção ao fato de que suas palavras e suas atitudes precisam ser coerentes o tempo todo.

Fácil? Não mesmo. Mas devemos lembrar que também não é impossível. E vale a pena ainda ressaltar que há locais em que se pode pedir ajuda e compartilhar os medos e as inseguranças de ser pai. Um deles é a Sala de Pais, que acontece todos os sábados, no mesmo horário da Evangelização Infantil. É uma troca agradável de experiências e reflexões sobre o papel que exercem na vida de seus filhos.

Quem sabe juntos, voltados para um mesmo ideal, pais e mães cultivem hoje as sementes para o brotar de um novo mundo. Não custa tentar.


Por: ANA CRISTINA SARACINI NAVARRO

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