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MÚSICAS PARA RELAXAR

sábado, 24 de abril de 2010

Ano 04 - Nº 08 - PERSONALIDADES ESPÍRITAS

JÉSUS GONÇALVES


Nasceu em 12/07/1902 em Borebi ( próximo a Agudos – SP ); ficou órfão de mãe aos três anos de idade e seu pai era um humilde lavrador.

Aos 14 anos empregou-se como trabalhador braçal na fazenda Boa Vista, de Ângelo Pinheiro Machado. Nesta época começou a aprender música e junto com outros companheiros animavam as quermesses e bailes com a bandinha de Borebi. Aos 17 anos foi para Bauru, onde freqüentou o Colégio São José, mas não chegou a tirar o diploma do ginásio.

Casou-se aos 20 anos com Theodomira de Oliveira que era viúva e já tinha dois filhos. Mesmo assim ainda tiveram mais quatro filhos. Nesta época empregava-se como tesoureiro da prefeitura.

Em 1930 sua esposa desencarna por causa de uma tuberculose. Apesar das enormes dificuldades em criar suas seis crianças continuava a tocar e fazia parte da Banda da Prefeitura de Bauru como clarinetista. Atuava também como diretor e ator de teatro na cidade. Apesar de seu pouco estudo, apreciava poesia e prosa, colaborando ativamente nos jornais “Correio do Noroeste” e “Correio de Bauru”.

Casou-se novamente com Anita Vilela, vizinha que lhe ajudava a cuidar das crianças, mas aos 27 anos de idade foi acometido pela hanseníase ( lepra ). Anita era estudiosa da doutrina espírita e tentava em vão esclarecer a mente materialista do ateu Jésus.

Nestes tempos os doentes eram obrigados a abandonar seus empregos e viverem isolados da sociedade, trancados em suas casas ou então em leprosários.Como faria então para cuidar de sua esposa e das crianças?

Aposentado prematuramente passa a viver em uma moradia cedida temporariamente pela Câmara Municipal. Apesar disso continua a escrever para o correio do Noroeste.

Seu compadre, João Martins, cedeu-lhe o usufruto de um sítio, onde Jésus passou a cultivar melancias e outras frutas. Mas, em agosto de 1933, o Serviço Sanitário recolhe-o, afastando-o do convívio de sua família, e internou-o no Asilo-Colônia Aymorés.

Por ter sido sempre um homem resignado foi sempre líder, tolerante e calmo. Fundou o jornal interno “O momento”, a Jazz Band de Aymorés e a equipe de futebol. Por não receberem grupos artísticos no asilo, fundou também o grupo teatral interno.

Jésus sofria muito com problemas no fígado, buscava a transferência para o Hospital Padre Bento em Guarulhos. Mas suas cartas paravam nas mãos do diretor do Sanatório Aymorés, que não queria perder o seu mais ativo e dinâmico interno. Em 1937 conseguiu a transferência mas não conseguiu chegar até lá; as dores no fígado o obrigaram a parar em Itu, e ali ficou no Hospital de Pirapitingui. Fundou ali, além da Jazz Band, a Rádio Clube de Pirapitingui e um jornal interno, o “Nosso Jornal”.

Em 1943, Anita desencarnou e no velório da mesma aconteceram diversos acontecimentos mediúnicos de clarividência de alguns colegas seus e finalmente Anita passou uma mensagem para ele de uma forma bastante íntima onde Jésus não teve dúvida da veracidade das informações, um pequeno trecho:”Velho, não duvides mais, Deus existe!”. Por ser extremamente materialista buscou nos livros espíritas as explicações para o contato.

A conversão de Jésus ocorreu de forma bastante convincente. Um dia, às voltas com suas dores no fígado, resolveu chamar aquele Deus e desafiou tirando um pouco de água e colocando em um copo.

Se Deus existe mesmo, dou cinco minutos para que coloque nesta água um remédio que cure a dor que sinto. E contou no relógio. Quando bebeu a água sentiu que estava totalmente amarga. Chamou um companheiro que confirmou a alteração da água. E após dois minutos não sentiu mais dores.

Fundou em 1945, após muito estudo, o Centro Espírita Pirapitingui. Com dificuldades conseguiu recursos junto às comunidades espíritas para a construção do centro. Diversas caravanas espíritas passaram a visitar o sanatório, levando alegria e conforto aos internos.

Passou então a atender as incorporações de familiares e desobsessões severas daqueles considerados loucos, permitindo a estes que voltassem à vida normal.

Vinte dias antes de desencarnar, com a doença já tendo consumido todo o corpo e também as cordas vocais, foi à sessão espírita e para surpresa das 300 pessoas presente, os mentores da casa devolveram-lhe a voz e aí fez uma preleção de quase duas horas, de elevados ensinamentos evangélicos. Ao término da preleção Jésus simplesmente perdeu a voz novamente.

E sofreu muito nos últimos dias, o seu corpo estava completamente deformado pela doença, seu rosto transfigurado e seus órgãos começaram a parar, e lentamente desligou-se do corpo físico em 16/02/1947. Mas teve tempo de saber que o sofrimento foi o caminho que o levou a Cristo e que pode mudar a mentalidade daqueles que consideravam os doentes internos de asilos, sanatórios e leprosários apenas como animais fedorentos.

E assim resgatou erros cometidos em encarnações passadas. Como Alarico, o Grande, rei dos visigodos, século IV; Alarico II, 8 chefe dos visigodos, séculos V e VI; Cardeal Richilieu, séculos XVI E XVII, na França.



Fontes: http://www.espiritismogi.com.br/  e  http://www.jesusgoncalves.org.br/


Por: Marli Mattos




                                                                                    

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