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MÚSICAS PARA RELAXAR

quinta-feira, 11 de março de 2010

Ano 02 - Nº05 - CARACTERES DA PERFEIÇÃO

Amai os vossos inimigos; fazei o bem àqueles que vos odeiam e orai por aqueles que vos perseguem e que vos caluniam; porque se não amais senão aqueles que vos amam, que recompensa com isso tereis ? Os publicanos não o fazem também? E se vós não saudardes senão vossos irmãos, que fazeis nisso mais que os outros? Os Pagãos não o fazem também? Sede pois, vós outros, perfeitos, como vosso paicelestial é perfeito. (São Mateus, Cap. V, v.44,46,47 e 48).

Uma vez que Deus possui a perfeição infinita em todas as coisas, essa máxima: “ Sede perfeitos como vosso Pai Celestial é perfeito”, tomado ao pé da letra, pressuporia a possibilidade de se atingir a perfeição absoluta. Se fosse dado a criatura ser tão perfeita quanto o Criador, ela tornar-se-lhe-ia igual, o que é inadmissível. Mas os homens aos quais Jesus se dirigia não teriam compreendido essa nuança; ele se limitou a lhes apresentar um modelo e lhes disse para se esforçarem por alcançá-lo.

É preciso, pois, entender, por essas palavras, a perfeição relativa, aquela da qual a Humanidade é suscetível e que mais a aproximada da Divindade. Em que consiste essa perfeição? Jesus o disse: “amar os inimigos, fazer o bem aqueles que nos odeiam, orar por aqueles que nos perseguem.” Ele mostra, assim, que a essência da perfeição é a caridade em sua mais larga acepção, porque ela implica a prática de todas as outras virtudes.
Com efeito, se observarmos o resultado de todos os vícios, e mesmo dos simples defeitos, reconheceremos que não há nenhum que não altere mais ou menos o sentimento de caridade, porque todos nascem do egoísmo e do orgulho, que são a sua negação. Porque tudo o que excita exageradamente o sentimento da personalidade destrói o quando nada, enfraquece os princípios da verdadeira caridade, que são: a benevolência, a indulgência, o sacrifício e o devotamento. O amor do próximo, estendido até o amor dos inimigos, não podendo aliar-se com nenhum defeito a caridade, é sempre, por isso mesmo, o indicio de uma superioridade moral maior ou menor. Do que resulta que o grau de perfeição está na razão direta da extensão do amor ao próximo. Eis porque Jesus, depois de haver dado a seus discípulos as regras da caridade, no que ela tem de mais sublime, lhes disse: “Sede logo perfeitos, como também vosso Pai celestial é perfeito”.

O Evangelho Segundo o Espiritismo – página 220, 221 – 321 Edição - IDE

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